sábado, 8 de dezembro de 2007

MECANISMOS DE DEFESA I


A tensão é sem dúvida necessária à vida. A tensão é definida por muitos como a reacção que se tem aquando se perturba alguma normalidade. Taylor (1992, p. 117) define tensão com, “ uma condição na qual o sistema humano responde ao “input” que perturbou o seu estado estável”. O que é pretendido é que, o ser humano se adapte a estas situações de tensão e seja capaz de responder adequadamente. A tensão não é considerada positiva nem negativa, embora os seus efeitos possam isso sim ser positivos ou negativos. È então necessário que o ser humano se adapte de forma holística ao momento de tensão. Estas adaptações psíquicas quando são feitas de forma involuntária ou inconsciente assumem-se como mecanismos de defesa.
Mecanismos de defesa são, então, processos psíquicos que têm por finalidade, reduzir qualquer manifestação que pode colocar em perigo a integridade do indivíduo, ou seja, inconscientemente, procura proteger-se de situações que o podem ameaçar. Por norma o ser humano adapta-se. Neeb (2000;p.105) entende que, “ a finalidade dos mecanismos de defesa é reduzir ou eliminar a ansiedade”. No entanto, há que referir que estes mecanismos de defesa, apesar de serem como válvulas de escape da ansiedade, muitas vezes provocadas por momentos de tensão, apesar de parecerem estarem a ajudar, podem essencialmente mascarar o stress e podem mesmo servir para o aumentar.
Existem vários tipos de mecanismos de defesa, sendo que alguns são mais eficientes do que outros. Há os que exigem menos dispêndio de energia para funcionar, outros são menos satisfatórios, mas todos requerem gastos de energia psíquica.
Os mecanismos de defesa, podem dividir-se em dois grandes grupos:
1. Mecanismos de defesa maduros – Mecanismos de defesa bem sucedidos, geram a cessação daquilo que se rejeita;
2. Mecanismos de defesa imaturos – Mecanismos de defesa ineficazes, que exigem repetição ou perturbação do processo de rejeição.
Os Mecanismos de defesa são:
Sublimação – É o mecanismo de defesa mais eficaz, na medida que canaliza os impulsos libidinosos para uma postura socialmente útil e aceitável. Impulsos instintivos sexuais e agressivos são descarregados para objectos não sexuais ou agressivos, de tal forma que se tornam socialmente aceitáveis. Taylor (1992, p. 152) descreve que a sublimação, “ é uma das adaptações mais positivas à ansiedade e parcialmente responsável por grande parte das manifestações artísticas e culturais das pessoas civilizadas”.
Repressão – É a operação psíquica que pretende fazer desaparecer, da consciência, impulsos ameaçadores, sentimentos, desejos, ou seja, conteúdos desagradáveis ou inoportunos. Este mecanismo de defesa é amplamente usado e completamente inconsciente. É uma operação psíquica que tende a fazer desaparecer da consciência um conteúdo desagradável ou inoportuno, como por exemplo uma ideia, um afecto, um pensamento hostil. Estes conteúdos desagradáveis são então reprimidos.
Racionalização – é um mecanismo quase universalmente utilizado. É uma forma de substituir por boas razões uma determinada conduta que exija explicações, de um modo geral, da parte de quem a adopta. Taylor (1992, p. 153) caracteriza racionalização como, “ uma tentativa de fazer com que o próprio comportamento pareça ser o resultado do pensamento lógico, em vez de resultar de desejos ou anseios inconscientes que produzem ansiedade”. É um processo pelo qual o sujeito procura apresentar uma explicação coerente do ponto de vista lógico, ou aceitável do ponto de vista moral, para uma atitude, uma acção, uma ideia, um sentimento, cujos motivos verdadeiros não percebe; fala-se mais especialmente da racionalização de um sintoma, de uma compulsão defensiva, de uma formação reactiva. O indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, que justifica os estados "deformados" da consciência. Na racionalização, o ego coloca a razão a serviço do irracional e utiliza para isto o material fornecido pela cultura, ou mesmo pelo saber científico.
Projecção – é uma confluência de distorções do mundo externo e interno. O indivíduo localiza (projecta) algo de si no mundo externo e não percebe aquilo que foi projectado como algo seu que considera indesejável.
Deslocamento ou Transferência – É um processo psíquico através do qual o todo é representado por uma parte ou vice-versa. Também pode ser uma ideia representada por uma outra, que, emocionalmente, esteja associada à dela. Esse mecanismo não tem qualquer compromisso com a lógica. É o caso de alguém que tendo tido uma experiência desagradável, por exemplo, com um enfermeiro, reaja muito mal com todos os enfermeiros.

2 comentários:

Anónimo disse...

Diz que qté não é um mau blog...

http://detalhesepormenores.blogspot.com

Um abraço
RC

Anónimo disse...

Começou bem, mas incompleto e repetitivo de outros tantos artigos por aí...parece cópia pela metade!