domingo, 27 de julho de 2008

VOU DE FÉRIAS MAS ...

Numa altura em que estou a trabalhar numa comunicação livre para o congresso de saúde mental em Gondomar, como já referi num estudo de caso, veio-me à memória o primeiro filme que fiz e apresentei neste blog.
Indo de férias até meados de Agosto, relembro esse filme.

Um abraço a todo



FAZ HOJE 14 ANOS




Faz hoje 14 anos que terminei o cuso superior de enfermagem. Parece-me pertinente relembrar e partilhar convosco o meu percurso profissional.

Foi no dia 27 de Julho de 1994 me despedi da escola superior de enfermagem de Portalegre era o 4º curso superior.



que depois de um suspiro, tiramos esta foto. Estavamos cansados, apreensivos embora como é obvio, felizes



Depois de muitas duvidas na escolha e de rejeitar alguns convites, fui trabalhar para o Hospital Curry Cabral, no serviço de Cirurgia Homens (4.1)



Trabalhava em duplo no IPO de Lisboa, primeiro em C8 e depois em C7



Um ano depois depois de algumas voltas da vida, fui parar ao Hospital de Abrantes para o serviço de ortopedia, por lá andei quase dois anos.



Entretanto, naquela altura a falta de enfermeiros era evidente e apesar do ditado "santos da casa não fazem milagres", fui acumular para o centro de saúde de Montargil que muito me fez feliz, uma vez que estava a trabalhar na minha terra.



Mas estava destinado que trabalharia em Lisboa e em 1996 voltei para o hospital Curry Cabral, para o mesmo serviço de cirurgia.
Mas como morava na margem sul, duplo no Hospital Garcia de orta era inevitável. Assim fui trabalhar para a medicina I, tendo sido convidado para abrir o serviço de Pneumologia já em 1997.

Mas o Hospital Curry Cabral estava em crise, a Urgencia geral abriu e não havia enfermeiros suficientes, então, fui abrir este serviço em regime de horas extraordinarias, ainda assim e apesar das 42 horas, reforçava mais uns bons turnos no meu serviço. Lembro-me de 36 almas internadas e de uma esca ser assegurada por seis, eu escrevi bem 6 enfermeiros. Não sei como faziamos mas todos os turnos eram assegurados. Nessa altura fazia parte da comissão de Markting do hospital. Vejam bem, faziamos publicidade ao hospital nas escolas de enfermagem. Isto aconteceu somente à 10 anos.
Mas, resolvi mudar de ar, saí da urgencia e resolvi experimentar a Medis, então agarrei no telefone e toca a fazer triagens.



Tive lá tres anos, conheci boa gente, bem disposta e bons profissionais.

Mas dois rebentos estavam a chegar e aproximei-me de casa, fui novamente para o Garcia de Orta, para o serviço de Pneumologia, agora em definitivo. Foi dificil deixar o Curry Cabral, deixei muitos amigos, a relação com aquele hospital era de autentico amor à camisola.



Na Médis as dores de cabeça eram frequentes uma vez que passava horas com os "phones" nos ouvidos. Tive a oportunidade de experimentar os Cuidados Continuados do HGO e aproveitei trabalhar em dois Serviços da mesma instituição.



Mas as coisas estavam a piorar na enfermagem em termos de oferta de trabalho e os Cuidados Continuados formaram uma equipa própria, as 42 horas já eram e tive de fazer pela vida. Depois de uma breve passagem pelo Hospital Amadora Sintra, ingressei no hospital Privado de Ortopedia, grupo HPP.

Resolvi, depois de muito pensar abraçar a Psiquiatria e abri o Serviço no Hospital Garcia de Orta, onde ainda estou.



Entretanto o HPO, mudou-se para os Lusiadas e eu acompanhei esta mudança para mais uma abertura não só de serviço como também de um hospital.

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Se este percurso formativo foi iniciado na Escola Superior de Portalegre, continuou na Escola Superior de Saude de Setubal, com a qual vou ainda tendo uma relação proxima.



Nestes 14 anos houve muitas mudanças na enfermagem, mas valeu realmente os muitos sacrificios pessoais e familiares. Se devo aos meus pais a possibilidade de me proporcionarem o curso de enfermagem devo também e agradeço desde já à minha mulher, que também ela anda nestas lides, às minhas filhas pelas horas em que o pai está ausente, aos meus sogros pela paciencia e a todos os meus pares que diariamente, juntos, tentamos não mudar o mundo, mas mudar para melhor a vida de quem cuidamos.

A TODOS O MEU SINCERO OBRIGADO

quinta-feira, 24 de julho de 2008

PETIÇÃO

A 16 DE MAIO A MINISTRA DA SAÚDE
ASSUMIU COMPROMISSOS QUE NÃO CUMPRIU:

· 2ª QUINZENA DE JUNHO PARA O INICIO DO PROCESSO NEGOCIAL DA CARREIRA;

· 1ª SEMANA DE JULHO PARA DISCUTIR SOLUÇÕES PARA A PRECARIEDADE/ADMISSÃO.

Não podemos permitir o protelamento do inicio do processo negocial da Carreira de Enfermagem.

Não podemos permitir que o Ministério da Saúde/Governo continuem a não decidir formas de admissão e de estabilização dos enfermeiros nas instituições.

Exija o início do processo negocial da Carreira, assinando esta petição.

A - Igualdade de Direitos, designadamente ao nível da Carreira e Condições de Trabalho
1 - Negociação de uma nova Carreira de Enfermagem que se aplique a todos os enfermeiros independentemente do vínculo e se coadune com o actual patamar de formação e outras legítimas aspirações dos enfermeiros;

2 - 35 horas de duração semanal de trabalho como regime de tempo completo para todos os enfermeiros independentemente da instituição onde exerçam funções e do tipo de contrato que disponham;

3 - Igualdade de direitos, como por exemplo no que diz respeito às Horas Suplementares/Trabalho por Turnos/Trabalho Nocturno, entre todos os enfermeiros independentemente do vínculo.

B - Consagração legal pelo Governo do mecanismo de aquisição, desenvolvimento e reconhecimento de competências ao longo do percurso profissional, consagrado no Modelo de Desenvolvimento Profissional aprovado na Assembleia Geral da Ordem dos Enfermeiros.

C - Dotar Serviços com Dotações Seguras (Plano de Emprego)

Criação de um Plano Estratégico que vise dotar os Serviços Públicos e Privados com dotações seguras, promotoras de cuidados de qualidade e com segurança:

1 – Desenvolver estudo sobre a necessidade de horas de cuidados de enfermagem nos diferentes serviços, actualizável e que seja prospectivo, aliás, de acordo com o assumido pelo MS na reunião de 16 de Maio 2008. Entre variados factores, que o Estudo tenha em consideração as actuais funções/competências dos enfermeiros, os dados do actual sistema de classificação de doentes por níveis de dependência e o indicador da OMS para os Cuidados de Saúde Primários;

2 - Decorrente do citado estudo:

2.1 - Estabelecer um Plano de Emprego para as Instituições do SNS, de base plurianual, que viabilize a admissão de enfermeiros até que se atinjam as dotações seguras;

2.2 - Fixar e regulamentar necessidades de horas de cuidados de enfermagem mínimas, nos diferentes Serviços Públicos e Privados (requisito de funcionamento/licenciamento/financiamento), abaixo das quais não podem funcionar;

2.3 - Estabelecer mecanismos de fiscalização e penalização para os não cumpridores (impacto no financiamento público – instituições públicas e privadas – e no licenciamento da actividade – instituições privadas).

3 - No imediato, promover a Admissão de mais enfermeiros nas instituições, garantindo maior segurança e qualidade nos cuidados prestados aos utentes e o gozo de elementares direitos:

3.1 - Emitir orientações junto das Instituições do SNS para orçamentarem, com base nos seus Planos Directores e de Actividades, verbas anuais para a admissão de enfermeiros;

3.2 - Admitirem enfermeiros com base nos indicadores de necessidades actualmente existentes:

3.2.1 - Nos Centros de Saúde, tendo por base o indicador referenciado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que constitui um enfermeiro de referência para cada 300 famílias;

3.2.2 - Nos Hospitais e Rede de Cuidados Continuados, tendo por base a Circular Normativa n.º 01, de 12/01/2006, emanada pela Secretaria-Geral do MS e que estabelece um conjunto de fórmulas para o cálculo das necessidades de enfermeiros nos diferentes serviços.

D -Promover Admissões com Vínculo Efectivo e Eliminar todos os tipos de Precariedade

1 - Admissão de enfermeiros para o exercício de funções permanentes através de Contrato de Trabalho por Tempo Indeterminado, restringindo os Contratos de Trabalho com Termo às situações transitórias (sazonais, temporárias, substituição, etc.);

2 - Fim da precariedade e a passagem a vínculo efectivo de todos os enfermeiros que exerçam funções permanentes, garantindo estabilidade, segurança e direitos:

2.1 - Passagem a Contrato Individual de Trabalho por Tempo Indeterminado dos CIT´s a Termo e falsos Recibos Verdes das Instituições EPE´s e Privados;

2.2 - Passagem a Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Tempo Indeterminado dos CAP´s, CTC´s e recibos verdes das Instituições do Sector Público Administrativo.

3 - Fim da contratação de enfermeiros, tanto nas instituições públicas como nas privadas, por empresas de subcontratação de mão-de-obra e recibos verdes;

Lisboa, 18 de Julho de 2008

IN www.sep.org.pt

sexta-feira, 18 de julho de 2008

ORFANATO

ORA AQUI ESTÁ UM BELO FILME, DE PRODUÇÃO ESPANHOLA, QUE RECOMENDO A TODOS.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

PROCESSO DE ACONSELHAMENTO



Processo interactivo em que se estabelece uma relação de ajuda ou quando uma pessoa se encontra fragilizada, por uma situação de vida particularmente difícil, por exemplo, o indivíduo devido a essa fragilidade não consegue encontrar recursos para enfrentar as situações de vida ou para modificar o seu comportamento. (Patterson, 1988)
Tem como objectivo capacitar o doente a ter o controlo e dominar situações que acontecem na sua vida, é importante, fazer com que o aconselhamento produza crescimento no doente e que o ajude a tomar decisões eficazes, nessas situações actuais assim como em outras situações futuras. Para isso acontecer de forma efectiva, o enfermeiro assume um papel orientador, “auxiliar o cliente a usar um processo de pensamento racional em momentos de confusão e conflito.

domingo, 6 de julho de 2008

MANIFESTAÇÃO DIA 10



Chegamos a uma época de decisões. Os enfermeiros podem e devem envolver-se na resolução dos problemas que assolam a nossa carreira.
No dia 10 precisamos de todos os Enfermeiros na manifestação por uma nova carreira e modelo de desenvolvimento profissional .
Ordem dos enfermeiros e Sindicatos estão juntos falta os Enfermeiros.
O SEP oferece o transporte , é só preciso que estejam lá !!! Junto ao Ministério da Saúde, na Av. de Republica em Lisboa.