segunda-feira, 21 de abril de 2008

Sites e videos incitam jovens ao suicidio - Atenção aos pais


Vídeos e 'sites' sobre suicídio incitam jovens em sofrimento

"Os filmes duram poucos segundos. Um jovem, quase sempre um rapaz, em frente a uma câmara com uma pistola na mão. Um disparo e o corpo cai no chão. Mais nada. Na internet também há vídeos de gente que se atira de prédios ou para a linha do metro, homens ou mulheres-bomba. Mas são os tiros que mais impressionam - não interessa se é verdade, interessa o seu significado. E depois há uma série de outros sites onde não há imagens mas explicações pormenorizadas, guias para os suicidas.

O risco da internet já não pode ser ignorado, considera Maria Manuela Correia, presidente do Núcleo de Estudos do Suicídio (NES), que afirma existirem mais de cem mil sites que incitam à morte. "É um risco para os jovens e adultos que têm a ideia de suicídio. Há jovens que se suicidam e são visionados por milhares de pessoas em todo o mundo", explicou à Lusa. No entanto, ressalvou, "a Internet não deve ser diabolizada, porque ainda está numa fase precoce da sua utilização, em que ainda não há regulamentação". O tema será certamente abordado no simpósio, hoje e amanhã, promovido pela Sociedade Portuguesa de Suicidologia em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos morrem desta forma um milhão de pessoas, o que coloca o suicídio entre as cinco primeiras causas de morte. A situação é particularmente preocupante na faixa etária dos 15 aos 24 anos, na qual o número de suicídios tem vindo a aumentar e é já a terceira causa de morte. De tal forma que, no início deste mês, o Conselho da Europa aprovou por unanimidade um documento em que coloca o suicídio entre os jovens como uma "prioridade política", defendendo que o tema não só deveria ser alvo de mais investigação científica como ser tratado nas escolas.

Pais, professores e amigos têm um papel fundamental na prevenção do suicídio, diz Maria Manuela Correia, chamando a atenção para os sinais de alerta - como uma mudança de comportamento, quebra no rendimento escolar ou falar muito sobre a morte - que nunca devem ser desvalorizados."
In: http://dn.sapo.pt/2008/04/21/

2 comentários:

Anónimo disse...

Muitas vezes os pais nem se apercebem porque a falta de diálogo já é uma "coisa natural" em casa. Ás refeições não se fala porque a televisão está ao lado e se alguém fala manda-se calar porque assim não se ouve; após as refeições cada um vai para seu lado, uns porque vão estudar para o quarto, outros porque ficam a ler o jornal, ver a novela etc.
Habitualmente existe a tv, a aparelhagem e o computador no quarto e nem se apercebem, os pais, do que os filhos estão a fazer!
E por talvez por todas essas coisas se encontrarem, em minha casa, na sala, onde estamos todos, além de a tv estar desligada ás refeições, sou muitas vezes chamado de pai mau e antiquado!

psikiatrices disse...

O problema é que mesmo que em casa se tomem as devidas precauções, bloqueando alguns sitios, na rua, na escola e principalmente na tv, mesmo que fora das horas das refeições, as crianças são bombardeadas com estas imagens.
Muitas das crianças possuem já tv no quarto, sinais dos tempos, a não ser que se retire as tv´s é dificil ou impossivel controlar os miudos. No entanto, parece-me que tudo passa pela educação e pelo acompanhamento. As coisas existem, é impossivel esconder, a violencia está ao lado da nossa porta, a criminalidade está a aumentar, as situações nas escolas acontem, devem os pais ajudar os filhos a compreender o que acontece.
Esta é a dificil tarefa de educar.