sexta-feira, 7 de março de 2008

Compaixão II



No texto “Reflection on Martha Nussbaum’s Work on Compassion from a Buddhist Perspective”, em relação ao Budismo a personalidade é vista como um agregado dinâmico constituído por cinco factores: a corporalidade a sensação, a percepção, as formações mentais e a consciência. Existe aqui uma separação clara entre o corpo e a mente, em que a mente assume assim um papel mais importante na constituição do ser. O budismo assume que todos estes factores são portadores de experiência.
A compaixão é vista também como um sentimento de proximidade, isto porque só se sente compaixão por alguém que é do nosso interesse, ou melhor, de alguém em que nos podemos colocar no lugar. Existe então na compaixão esta ideia de paridade. O budismo assume que o indivíduo e a sociedade são interdependentes, já que o indivíduo é inseparável da sociedade. Na religião Budista existe a crença na reencarnação e em como podemos reencarnar noutros seres vivos, assim, o respeito por tudo o que os rodeia é permanente. Como é referido no texto, aqueles que têm a “fortuna” de ter um renascimento humano com todo o seu potencial para a consciência, sensibilidade e a liberdade, têm o dever de não abusar dos direitos de outros e de florescer moral e espiritualmente. Este florescer só acontece se a existência física e a liberdade social estiverem mantidas.

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